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Cidade Rio Doce

Cidade Rio Doce

Cidade Rio Doce

No dia seguinte, seguimos viagem em direção a Rio Doce. Chegamos no fim do dia a cidadezinha na qual já tínhamos contato com a Guerreira Keyla. Em uma antiga missão, Cris havia passado por ali com o Guerreiro Pedro. Naquela ocasião, nos contou Cris, havia um raciocínio pairante de que eles não acreditavam em Deus, mas sim no fluxo. Contaram isso a Keyla e ela levou a informação a sua casa. No dia seguinte, a menina traz a notícia de que havia dito ao seu pai, pastor, que ela não acreditava em Deus, se não no fluxo.

Na noite em que chegamos, estava rolando a noite musical de inauguração das luzes da praça. Assistimos com muito amor esse ninho de cultura local que é a cidade de Rio Doce. Muitos artistas em um mesmo lugar significa que esse povoado é abençoado e consegue canalizar com destreza seu potencial divino. O prefeito dessa cidade parece ser amigo das pessoas pois todos o tratam de uma forma bastante próxima. Da última vez que havia estado ali, Cris havia dormido na quadra. Essa era uma possibilidade para nós, mas havia uma esperança de que Keyla pudesse arranjar um outro lugarzinho. Esperança escorrida junto com a Chuva. Depois das apresentações, passamos na casa de Leandro e Vilma, conversamos um bom tempo com o casal. Gravamos um lindo programa de rádio, jantamos e seguimos para o nosso cantinho na quadra.

No dia seguinte, acordamos bastante cedo. Era dia de se apresentar na escola de Rio Doce. Cedinho o despertador tocou. Chovia daquele jeitinho aconchegante para dormir mais um pouco. Acordamos com a responsabilidade da missão acessa e fomos até a Casa de Vilma Tomar Café da manhã. Tínhamos muitas coisinhas gostosas para comer entre frutas e grãos. Cozinhamos uma aveia no capricho. Vilma fez charme para comer, mas terminou aceitando. Adorou! Em um princípio, ela ia conosco à Igreja. Na última hora desistiu porque disse que a haviam chamado para a cooperativa de costureiras da qual faz parte.

Fomos para a escola, mais uma vez, azul. Peraparamos a apresentação da manhã dentro da quadra. Haviam algumas goteiras. A apresentação foi para o ensino médio .Talvez tenha sido a oportunidade de canalizar um pouco da rebeldia que batia em nossos corações. Havíamos recém passado pela represa de candongas, chorando junto com a terra durante 19 km. Chegando ao encontro com as Guerreiras do Rio Doce, nos deparamos com a Terrível situação de que aqueles jovens não se mostravam muito entusiasmados em nem se quer emitir opiniões sobre o Rio Doce. Vitor meteu um improviso que deixou a todos atentos para o grau da situação.

Keyla havia aberto o programa e sem muitas opiniões a declarar, terminamos o programa no improviso. Após o final da peça uma guerreira veio pedir a oportunidade de falar um pouquinho mais sobre a realidade da cidade.

Um rápido almoço e mais uma apresentação para o turno da tarde naquela escola. Dessa vez foi no auditório, pois chovia demais. A turma era mais nova e nós podemos trazer muito bom humor em mais uma conexão pelas águas feita pelos guerreiros do Rio Doce.

Ao final, ganhamos amuletos, abraços, sorrisos e histórias de amizade.

Saímos dali e reacendemos a saga de buscar um cantinho para ficar. Algumas voltas pela cidade, uma passada no centro comunitário e no estacionamento da cidade e acabamos retornando para a nossa querida quadra.

Um noite especial. Nos inspiramos no verde que havia atrás do ginásio. Demos uma boa alongada no corpo. Escutamos Barreira Grande sentindo aquela música tocar todo o nosso corpo. Escrevemos um pouquinho de qualquer coisa e fomos dormir. Vitor, como um bom artista, dormiu no palco. Ananda e cris, como torcedores de Watu, nas arquibancadas. A noite foi maravilhosa e mais uma vez o céu nos despertou na energia linda de uma garoa.

Acordamos com nossos amigos chegando na quadra para jogar aquela partida linda de futebol comunitário. Saímos do cantinho onde estávamos e, como em um típico domingo no brasil, acordamos assistindo jogo de futebol. Tomamos um bom café da manhã, conversamos um pouco e logo nos convidaram para integrar a equipe. Nos misturamos com a galera e jogamos o suficiente para rir um bocado e tostar a sola dos pés.

Pouco depois disso, começamos a nos alimentar de fato até que recebemos a notícia de que dentro de pouco tempo, papagaio passaria por ali. Arrumamos as coisas. Colocamos as muambas dentro do porta malas dele e fomos com ele a Mariana, em uma reunião do Jornal a Sirene que rolaria na sequência. Este foi nosso primeiro encontro com Mariana. Havia uma linda galera de Juiz de Fora e outras partes das universidades do Rio Doce. Mais uma vez, enchemos uma sala de angústia, permeadas de comentários descritivos das maldades das mineradoras e saímos sem encaminhamentos práticos, a não ser a criação de um grupo no whatsapp. Não fosse nosso lindo guerreiro dar sua magia de salvação e compartilhar com todos nós seu sonho da construção de um Parque de Fitorestauração onde hoje funciona a hidrelétrica de candongas.

Retornamos a barra longa e na manhã seguinte voltamos a Rio Doce para seguir o pedal.

 

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