Enter your keyword

Morre uma árvore…

Morre uma árvore…

Morre uma árvore…

Acordamos para alongar, fazer saúde, fazer o bem. Enquanto escovo os dentes, vejo minha amiga e digo:

-Bom dia!

Ela está com energia de pressa e cansaço. Enquanto ela faz o chá de canela, me aproximo com a intenção de massageá-la. Autorização do universo, luz pelas mãos. O corpo dela guia o toque. Por onde corre a luz, eu vou

ENERGÉTICA.

Agradecemos uma a outra e ela diz:

-Ihh… acho que é hoje que vão tirar essa árvore.

Respondo:

-Aaaah! Não! Porque Deus me faz cruzar com essas cenas?

Vamos para a sala

– Galera, vocês tem cartolina?

-Não

Vou no quarto onde estou dormindo e pego uma chapa de madeira que deixei da última vez que vivi em Valadares, época da Caravana Territorial.

 

“QUANDO VOCÊ MATA UMA ÁRVORE, VOCÊ MATA EU, DEUS E VOCÊ.
NÓS TUDO.
Caso esteja fazendo isso por força maior, (mas esse é meu emprego…)
Para recompensar esse crime, plante. REGENERA”

 

Escrito isso na tal placa, rumo a varanda para mostrar o escrito para as pessoas que dali a instantes iriam derrubar a árvore, um morador da casa interrompe a ação dizendo:

-Não!

Retruco:

-Você está impedindo a minha liberdade?

-Estou.

(…)

Deixei a placa na mão dele, passei para o terreno da obra e disse com a própria boca o mesmo texto. Os peões concordaram e disseram “É, tem que plantar…”

O clima ficou insustentável. Sai de casa para chorar.

Só uma longa caminhada poderia nos reconectar. Fomos ao Ibituruna. Subir por um caminho ainda não aberto é sinal de aventura. SOMOS O CAMINHO QUE ESCOLHEMOS

Sente o Sol

Frita a mente

Que a água abençoe

Em devoção.

Hidrata, purifica, raiz ancestral.

No Comments

Post a Comment